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Residência “Coloridos por Natureza”: o ateliê vivo de Bianca Stella na Academia Alfredo Andersen

Durante o mês, o espaço torna-se um laboratório aberto para experimentações de cores e processos artísticos naturais — visita gratuita

by Cláudio P. Filla
3 de outubro de 2025
in Noticias
Foto: Kraw Penas/SEEC

Foto: Kraw Penas/SEEC

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Ao adentrar a residência artística da Academia Alfredo Andersen, no centro histórico de Curitiba, o visitante se depara com uma cena pouco comum para um museu tradicional: béqueres borbulham com líquidos terrosos, panelas industriais fervem cascas de cebola, e tecidos pendem de varais improvisados como se estivessem tomando sol. É nesse cenário que a artista Bianca Stella conduz, até o final de outubro, sua jornada sensorial no projeto “Coloridos por Natureza” — uma investigação profunda e poética sobre pigmentos naturais e suas infinitas possibilidades de expressão visual.

Mais que um ateliê, o espaço se torna um campo expandido de experimentação, onde ciência, arte, memória e sustentabilidade se encontram. “A pesquisa de pigmentos é, acima de tudo, uma forma de escuta”, afirma Bianca. “É a escuta da terra, do que ela pode revelar, do que ainda não sabemos nomear.”

Cores que nascem do afeto e da matéria-prima local

Desde o início de sua trajetória em Artes Visuais pela UNESPAR, Bianca explora a potência dos corantes naturais em contraponto aos pigmentos sintéticos amplamente utilizados na indústria. Mas é nesta residência artística que sua imersão atinge um novo patamar: ela transforma o espaço expositivo em um laboratório de criação de tintas, que podem ser convertidas em aquarelas, acrílicos, tintas para tecido e até pigmentos sólidos prensados. O segredo está na origem: casca de romã, terra vermelha de Londrina, folhas de eucalipto, açafrão e até flores de hibisco viram matéria-prima.

De acordo com a conservadora-restauradora Paula Falcão, especialista em pigmentação vegetal, esse tipo de trabalho resgata saberes esquecidos e ressignifica o tempo do fazer. “Ao contrário da tinta de tubo pronta, a tinta natural exige escuta e espera. É um processo que nos reconecta com o ritmo da natureza e do corpo. O valor está tanto na cor final quanto no percurso”, comenta.

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O ateliê é aberto: uma arte que se faz no coletivo

A proposta de Bianca vai além da introspecção criativa: seu ateliê está aberto ao público de terça a sexta, das 13h às 17h, com entrada gratuita. O convite é claro: entrar, observar, conversar, questionar. A artista interage com visitantes, recebe doações espontâneas de plantas e cascas, troca experiências e responde a perguntas sobre tintura, fixação, durabilidade e nuances de tons.

“É um fazer que não acontece no isolamento. As cores que surgem aqui nascem também da curiosidade das pessoas que passam, das conversas que provocam novos testes”, explica Bianca. Segundo ela, não há cor sem comunidade. É a troca que amplia a pesquisa e a sensibilidade do processo criativo.

Pigmentos como gesto político e ecológico

Mais do que beleza estética, o projeto Coloridos por Natureza levanta uma discussão fundamental sobre sustentabilidade e geopolítica do consumo de materiais artísticos. “Por que ainda usamos pigmentos que vêm de fora, extraídos de minérios com alto impacto ambiental, se a terra ao nosso redor já nos oferece uma paleta riquíssima?”, questiona Bianca.

Residência “Coloridos por Natureza”: o ateliê vivo de Bianca Stella na Academia Alfredo Andersen
Foto: Kraw Penas/SEEC

Esse pensamento é reforçado por Tânia Ricciardi, doutora em Artes e pesquisadora da Universidade Federal do Paraná. Para ela, o trabalho de artistas que lidam com pigmentos orgânicos nos lembra de que toda escolha estética carrega também um posicionamento. “Fazer arte com o que se colhe e se transforma localmente é uma forma de resistência contra a pasteurização do fazer artístico e contra o apagamento dos saberes populares e indígenas”, afirma.

O papel da ancestralidade no fazer artístico

A relação de Bianca com os pigmentos não é apenas técnica: é afetiva e ancestral. Ela fala com carinho dos saberes dos povos originários que manipulavam resinas, cascas e frutos muito antes da chegada da indústria. Ao reproduzir parte desses gestos — seja ao ferver folhas ou ao esfregar cor em tecido cru — ela acessa também camadas de memória coletiva.

Nesse sentido, o projeto se aproxima da ideia de arte como cura e reconexão. “As tintas naturais são como pequenos feitiços”, diz Bianca. “Elas carregam uma vibração, uma história. Estão impregnadas de solo, vento, tempo e gente.”

Um convite sensorial à pausa e à contemplação

Visitar o ateliê de Bianca Stella na Alfredo Andersen é vivenciar a arte em seu estado mais cru e generoso. É testemunhar o instante em que uma cor nasce de uma raiz ou de uma fruta, sem pressa. É sentir que o pigmento também pode contar histórias, provocar reflexões e, sobretudo, propor um outro modo de ver — mais atento, mais próximo da terra e de quem somos.

O projeto permanece em cartaz até o fim de outubro, e a entrada é gratuita. Mais do que observar, o público é convidado a mergulhar, perguntar, experimentar. Porque, ali, cor não é só o que se vê. É também o que se escuta, se compartilha e se transforma.

Serviço:

Visitação à residência artística de Bianca Stella

Terças a sextas-feiras

Horário: das 13h às 17h

Museu Casa Alfredo Andersen

Local: Rua Mateus Leme 336 – Centro – Curitiba

Entrada gratuita

Cláudio P. Filla
Cláudio P. Filla

Sou Cláudio P. Filla, formado em Comunicação Social e Mídias Sociais. Atuo como Redator e Curador de Conteúdo do Enfeite Decora. Com o apoio de uma equipe editorial de especialistas em arquitetura, design de interiores e paisagismo, me dedico a trazer as melhores inspirações e informações para transformar ambientes.

E-mail:
[email protected]

Via: Fonte: PMC

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