Com mais de 3,5 milhões de metros quadrados, a Quinta da Primavera nasce como um projeto que transcende o conceito tradicional de condomínio. Trata-se de um empreendimento de urbanismo contemporâneo que integra de forma orgânica arquitetura, paisagem e bem-estar, convidando seus moradores a experimentar uma vida em harmonia com o meio ambiente. Localizado entre Itatiba e Bragança Paulista, a menos de 100 quilômetros da capital, o projeto reflete um movimento crescente de famílias que buscam se afastar do ritmo intenso da metrópole sem abrir mão do conforto, da infraestrutura e da sofisticação.
Inspirado por uma filosofia que valoriza o território e a experiência de habitar, o empreendimento propõe uma nova forma de convivência — mais humana, equilibrada e conectada ao entorno natural.
A origem: um legado afetivo e ambiental
A concepção da Quinta da Primavera tem suas raízes na Fazenda Primavera, antiga propriedade da família de Fernanda e Oscar Americano. Por mais de quatro décadas, o espaço foi dedicado ao cultivo, à preservação da fauna e da flora e à vida em harmonia com o campo. Esse espírito de respeito e cuidado com o ambiente inspirou toda a idealização do projeto atual, que busca preservar a essência original do lugar enquanto propõe uma leitura contemporânea da relação entre campo e cidade.

Cada elemento da implantação — dos espelhos d’água aos corredores verdes, das praças de convivência às trilhas e ciclovias — foi pensado para estimular a integração entre as pessoas e o território, promovendo o contato direto com a natureza em meio à arquitetura de linhas puras e materiais nobres.
Arquitetura que dialoga com o ambiente
Assinado pelo escritório Marcos Tomanik e Sylvia Chaves Arquitetura, o projeto segue o princípio de que a arquitetura deve nascer do terreno e não se impor a ele. A implantação valoriza as linhas da topografia natural, preservando as vistas, a ventilação cruzada e a luminosidade. A ideia é que cada construção “respire” o entorno e, ao mesmo tempo, reverencie a paisagem.
“A preservação ambiental é o eixo central da proposta”, explica o arquiteto Marcos Tomanik, que conduziu a ampliação da Casa Sede — projetada originalmente em 1956 por Herbert Duschenef. Segundo ele, o objetivo foi criar uma continuidade natural entre o passado e o presente: “Queríamos que o projeto refletisse a história do lugar, mas com soluções que dialogassem com o estilo de vida contemporâneo e com a sustentabilidade”.

O resultado é um conjunto de edificações que equilibram elegância e simplicidade, priorizando materiais naturais e aberturas amplas, que convidam a luz e o verde para dentro dos ambientes.
Paisagismo e urbanismo integrados
O masterplan foi pensado como uma grande malha orgânica que une arquitetura, paisagismo e urbanismo. São 275 mil m² de áreas verdes preservadas e 244 mil m² de lagos e espelhos d’água, que desempenham papel fundamental no microclima e no bem-estar ambiental. Trilhas, ciclovias e pistas de cavalgada percorrem o terreno de maneira fluida, conectando residências, praças e equipamentos sociais.

Para a arquiteta Sylvia Chaves, o sucesso do empreendimento está na harmonia entre escala humana e paisagem. “Nosso desafio foi transformar a natureza no eixo condutor do projeto, e não em um cenário. Aqui, cada percurso, cada praça e cada residência foi pensada para se integrar ao ambiente e gerar sensação de pertencimento”, comenta.
A Praça Primavera, concebida como o coração da Quinta, é um exemplo dessa visão. O espaço reúne cafés, lojas, restaurantes e clube social, criando um ponto de encontro entre gerações e reforçando o conceito de comunidade sustentável.
A natureza como protagonista
Mais do que um condomínio de alto padrão, a Quinta da Primavera é uma experiência de vida integrada à natureza. O paisagismo privilegia espécies nativas, que ajudam na preservação da biodiversidade local e reduzem a necessidade de manutenção. Lagos e jardins filtrantes colaboram para o reaproveitamento da água, enquanto o uso inteligente da ventilação e da iluminação natural reduz o consumo energético.

A escolha por materiais sustentáveis e o incentivo ao uso de energias renováveis refletem uma preocupação genuína com o futuro. O resultado é um projeto que combina sofisticação, consciência ambiental e design atemporal — um verdadeiro refúgio contemporâneo no coração do interior paulista.