Resumo
- O setor de serviços no Paraná cresceu 3,3% nos últimos 12 meses, superando a média nacional de 3,1%, segundo dados do IBGE.
- Apenas em agosto, o Estado registrou alta de 2,9%, enquanto o país teve variação de 2,5% no volume de serviços prestados.
- A receita nominal do setor no Paraná cresceu 7,1% em agosto, sinalizando maior movimentação financeira e recuperação nas empresas.
- O turismo impulsionou os resultados, com avanço de 11,6% na receita em 12 meses, refletindo crescimento em cidades como Curitiba e Foz do Iguaçu.
- O desempenho reforça o papel do setor na economia, mas especialistas alertam para desafios como qualificação profissional e inovação tecnológica.
O setor de serviços do Paraná vive um momento positivo e consistente, conforme apontam os dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada pelo IBGE. Entre setembro de 2024 e agosto de 2025, o Estado acumulou um crescimento de 3,3% no volume de serviços prestados, superando a média nacional, que ficou em 3,1% no mesmo recorte temporal.
Esse desempenho ganha ainda mais relevância ao considerar que o Paraná já havia registrado, apenas no mês de agosto, um avanço de 2,9% em relação ao mesmo mês do ano anterior, acima dos 2,5% registrados no país. No acumulado de janeiro a agosto de 2025, o crescimento paranaense empatou com o nacional, ambos com alta de 2,6% no volume de serviços, sinalizando que o Estado sustenta um ritmo estável, mesmo em um cenário macroeconômico de oscilações pontuais.
Enquanto o volume físico indica o quanto foi efetivamente produzido em termos de serviços, a receita nominal — que considera os valores brutos movimentados pelas empresas — traz outro dado encorajador. O Paraná registrou 7,1% de aumento na receita em agosto, em comparação com o mesmo mês de 2024, ligeiramente acima dos 7% da média brasileira. Esse crescimento aponta para uma recuperação mais acelerada do setor, com maior circulação de recursos e melhora no faturamento.
Essa variação revela um cenário de expansão real, com mais serviços sendo contratados e vendidos, o que impacta diretamente a geração de empregos e a arrecadação. A solidez da receita nominal também reforça a atratividade do Estado para novos investimentos em áreas como transporte, tecnologia, educação, saúde e logística — todos segmentos que compõem o amplo guarda-chuva do setor de serviços.
Um dos motores mais notáveis dessa performance é o turismo paranaense, que vem demonstrando vigor renovado em 2025. As atividades turísticas apresentaram crescimento nominal de 10,4% em agosto, em relação ao mesmo mês do ano passado. E o ritmo é ainda mais expressivo no acumulado do ano: de janeiro a agosto, o avanço atingiu 10,9%, refletindo o aumento do fluxo de visitantes, da ocupação hoteleira e do consumo em bares, restaurantes e atrativos turísticos do Estado.
No recorte dos últimos 12 meses, o salto é ainda mais robusto: 11,6% de crescimento nas receitas geradas pelo turismo, consolidando a atividade como um dos principais vetores de desenvolvimento regional. Cidades como Curitiba, Foz do Iguaçu e Ponta Grossa continuam a se destacar como destinos estratégicos, não apenas pelo apelo turístico, mas também pela infraestrutura e pelas políticas públicas voltadas à valorização do setor.
Apesar do otimismo que os números despertam, especialistas alertam que o setor de serviços ainda carrega desafios estruturais, como a necessidade de qualificação da mão de obra, adaptação tecnológica e incentivo à formalização. No entanto, o Paraná tem demonstrado capacidade de manter um desempenho acima da média nacional, com consistência tanto no volume quanto na receita — indicadores fundamentais para um setor que representa mais de 70% do PIB brasileiro.
À medida que a economia se ajusta e a confiança dos consumidores cresce, a tendência é que os serviços continuem a desempenhar um papel central na sustentação e no avanço da economia estadual. A expectativa é que os próximos meses tragam novos dados positivos, principalmente com o reforço das atividades de final de ano, que tradicionalmente elevam a demanda no varejo e no turismo.