Montar um closet planejado vai muito além de escolher prateleiras e cabideiros. Trata-se de uma decisão que afeta diretamente o dia a dia: da rotina de organização até a sensação de conforto no quarto. E uma das maiores dúvidas que surgem na etapa do projeto é se o espaço deve ser aberto ou fechado. Apesar de parecer apenas uma escolha estética, a verdade é que o modelo de closet interfere no visual do ambiente, na manutenção da ordem e até na praticidade da vida cotidiana.
Os tipos de closet mais populares atualmente se dividem em duas categorias principais: o closet aberto, que dispensa portas e deixa tudo à mostra, e o closet fechado, com portas que protegem o interior dos móveis. Ambos podem ser sofisticados, organizados e funcionais, mas exigem perfis de uso diferentes — e é aí que mora a diferença.
Closet aberto: leveza visual e acesso rápido
Quem prefere um espaço dinâmico e moderno geralmente se encanta com a leveza e o visual mais “clean” do closet aberto. Sem portas, o ambiente fica mais integrado ao quarto ou à área de vestir, o que cria uma sensação de amplitude. Além disso, as peças ficam sempre à vista, o que facilita a escolha dos looks e favorece quem tem uma rotina acelerada ou trabalha com moda.

De acordo com a arquiteta Fabiane Giestas, especialista em design residencial, “o closet aberto funciona bem quando o usuário tem o hábito de manter a organização constante. Ele convida o morador a manter o cuidado visual com as roupas, sapatos e acessórios, porque tudo está exposto”. Por outro lado, ela alerta: “é preciso considerar que, nesse modelo, o acúmulo de poeira tende a ser maior, o que exige uma frequência de limpeza mais intensa”.
Outro ponto importante é a composição estética. Como os itens ficam visíveis, eles acabam virando parte da decoração. Nesse caso, a escolha dos cabides, a padronização das caixas organizadoras e até a disposição dos objetos fazem diferença no resultado final. “Vale pensar o closet como uma vitrine. Se você gosta da ideia de exibir peças bonitas e bem organizadas, o modelo aberto é uma escolha interessante”, completa Fabiane.
Closet fechado: praticidade com discrição
O closet fechado, por sua vez, é o queridinho de quem valoriza ambientes mais reservados, com menos interferência visual. Ele protege as roupas da luz, da poeira e até da umidade, o que é um diferencial importante em regiões mais úmidas ou para quem guarda peças delicadas.

Segundo o arquiteto Diego Revollo, referência em interiores contemporâneos, “a escolha por portas traz mais sofisticação ao projeto e permite que o closet se torne quase um cômodo independente, com autonomia estética e organizacional”. Além disso, ele destaca que essa configuração é perfeita para quem prefere esconder o conteúdo dos armários ou não tem tempo de manter a arrumação em dia. “Com as portas fechadas, o espaço transmite sempre a sensação de ordem, mesmo que o interior precise de ajustes”, pontua Diego.
Outro benefício é a versatilidade de acabamentos. Portas de vidro, madeira, espelho ou até painéis deslizantes ampliam as possibilidades visuais e ajudam a integrar o closet ao quarto ou ao banheiro de forma elegante e fluida.
O que considerar antes de decidir
Escolher entre closet aberto ou fechado exige mais do que gosto pessoal. É fundamental avaliar hábitos de uso, frequência de limpeza, disponibilidade de espaço e o estilo de vida de quem vai utilizar o ambiente. Em cômodos menores, por exemplo, o closet aberto pode colaborar para uma sensação de amplitude. Já em espaços maiores, o modelo fechado permite mais segmentação e liberdade estética sem comprometer a circulação.

Também vale observar se o ambiente será compartilhado, como no caso de casais, pois closets fechados podem facilitar a divisão de zonas de uso, garantindo mais privacidade e organização. Além disso, a iluminação é um fator crucial: closets abertos exigem um bom projeto luminotécnico para valorizar o visual das peças, enquanto os fechados precisam de luz interna nas prateleiras ou arandelas embutidas para manter a funcionalidade.
Tendência ou funcionalidade?
A estética dos tipos de closet está em constante transformação. Muitos projetos hoje apostam em composições híbridas, com algumas áreas abertas e outras fechadas — combinando o melhor dos dois mundos. Assim, peças decorativas ou de uso frequente ficam à mostra, enquanto itens sazonais ou menos usados ficam protegidos.
Independentemente da escolha, a dica é planejar o closet planejado com atenção aos detalhes e com a ajuda de profissionais especializados. Um bom projeto leva em conta a rotina, o perfil dos moradores, a iluminação do cômodo, a ventilação e até o tipo de piso.
Como conclui a arquiteta Fabiane Giestas, “não existe um closet melhor que o outro. Existe o closet que combina com a sua vida”. E talvez esse seja o segredo para um ambiente funcional, bonito e duradouro: entender que o closet certo é aquele que organiza a sua rotina, e não o contrário.

Sou Cláudio P. Filla, formado em Comunicação Social e Mídias Sociais. Atuo como Redator e Curador de Conteúdo do Enfeite Decora. Com o apoio de uma equipe editorial de especialistas em arquitetura, design de interiores e paisagismo, me dedico a trazer as melhores inspirações e informações para transformar ambientes.
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