A tradição de enfeitar portas e janelas com guirlandas de Natal ganha um toque artesanal em Curitiba. Nesta quarta-feira (08/10), o Liceu de Ofícios Criativos abre espaço para uma oficina gratuita de crochê, promovida pela Prefeitura da cidade. A atividade será conduzida pelas artesãs Lara Drynko e Mazé Rossetti, com o objetivo de ensinar participantes a confeccionar guirlandas únicas, carregadas de afeto e simbolismo. Para garantir a vaga, é necessário realizar inscrição prévia no site do programa municipal.
Além da oportunidade de aprender uma técnica manual, os participantes são convidados a levar materiais básicos, como aro em acrílico ou madeira, fios estruturados e agulhas adequadas. As guirlandas podem ser enriquecidas com fitas, pedrarias e pequenos enfeites natalinos, que variam conforme a criatividade de cada um. O resultado é uma peça decorativa capaz de unir sustentabilidade, personalização e tradição.
As origens históricas da guirlanda
Muito antes de se tornar um dos ícones mais reconhecidos do Natal, a guirlanda já simbolizava poder, vitória e proteção em diferentes culturas da Antiguidade. Povos como gregos e romanos utilizavam coroas circulares de folhas e flores para celebrar feitos militares ou para enfeitar as entradas das casas, em um gesto de boas-vindas e desejo de saúde. O círculo, sem começo ou fim, representava o ciclo da vida e a continuidade das estações.
Com a chegada do Cristianismo, a guirlanda foi ressignificada e incorporada ao calendário natalino. As folhas perenes, como o pinheiro, passaram a representar esperança e vida eterna, enquanto a forma circular evocava a eternidade divina. Uma tradição marcante é a Coroa do Advento, guirlanda decorada com quatro velas que simbolizam a preparação espiritual para o Natal, difundida na Europa a partir do século XIX.
Entre memória e modernidade
Hoje, pendurar uma guirlanda na porta significa muito mais do que apenas decorar: é um gesto de acolhimento, hospitalidade e celebração do espírito natalino. Em Curitiba, a oficina de crochê busca reforçar esses valores, mas com um diferencial: a produção artesanal. O crochê, além de resgatar saberes manuais, confere um caráter afetivo e sustentável, já que as peças podem ser reutilizadas por muitos anos.
A artesania também proporciona identidade criativa, já que cada guirlanda é feita à mão, refletindo o estilo individual de quem a produz. Dessa forma, o enfeite natalino se torna um objeto único, capaz de transformar a atmosfera dos lares e reforçar o vínculo entre tradição e contemporaneidade.

Sou Cláudio P. Filla, formado em Comunicação Social e Mídias Sociais. Atuo como Redator e Curador de Conteúdo do Enfeite Decora. Com o apoio de uma equipe editorial de especialistas em arquitetura, design de interiores e paisagismo, me dedico a trazer as melhores inspirações e informações para transformar ambientes.
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